Primeiro de novo.

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Mais uma vez um blog.


O que mais me impressiona, na hora em que eu sento na frente de um notebook e posiciono minhas mãos no teclado, é que eu não tenho nada para escrever. Tudo o que tenho, tudo o que eu penso, parece escapar com medo desta máquina infernal. Com certeza minhas mãos e meu cérebro preferem uma caneta e um bloco apoiado em um saudoso livro à uma tela e teclas.
No máximo um celular que salve arquivos ".txt".
Deve ser algum trauma de textos digitados e perdidos em formatação de máquinas, ou algo do gênero.
Enfim.
Lembro-me de quando comecei a escrever, e as pessoas me elogiavam e cada vez mais me apoiavam a seguir esse caminho. Lembro que ganhei canetas, ganhei uma vez um bloco bonito de capa preta, com uma dedicatória. Lembro que uma vez me pararam numa festa e disseram "ei, você é o Emmanuel Lebowski?".
Mas um dia viajei para Brasília e me fodi. Aquele lugar realmente não é bom se você vive no Rio de Janeiro e escreve coisas com base na sua vida e no cotidiano. E na ira. E em tudo. Lá isso não funciona. Lá é a terra para quem escreve romances ou histórias fantasiosas. Ou para quem gosta de Paulo Coelho.